Confira 10 previsões apocalípticas que falharam


De acordo com o livro “Isaac Asimov's Book of Facts” (1979), uma tabuinha de argila assíria, de cerca 2800 AC, foi desenterrada com as palavras "Nossa terra está se degenerando nestes últimos dias. 
 Há sinais de que o mundo rapidamente chegará ao fim. Suborno e corrupção são comuns." Este é um dos primeiros exemplos de percepção da decadência moral na sociedade sendo interpretada como um sinal de um fim iminente.



Na nossa história nunca faltaram profetas do apocalipse. Como estamos todos ainda por aqui, presumo que nenhum deles estava certo. Conheça 10 dessas previsões que, para a nossa sorte, foram apenas alarmes falsos.

Montano foi um herege no início do cristianismo, que previa um iminente fim dos tempos. Junto com duas profetisas, Montano afirmava ser a encarnação do Espírito Santo e os três começaram a pregar um terceiro testamento.

As doutrinas de montano difundiram-se rapidamente, causando confusão e discórdia dentro da igreja cristã primitiva. Tertuliano, um famoso escritor cristão, rejeitou o cristianismo convencional, convertendo-se para o montanismo. Montano foi finalmente condenado no Concílio de Éfeso, em 431 DC. Montano ensinava que a Turquia seria a "Nova Jerusalém", e que todo o cristianismo se estabeleceria lá, antes do julgamento final.

Elipandus, bispo de Toledo, descreveu um breve ataque de pânico do fim dos tempos que aconteceu na véspera da Páscoa de 793. De acordo com Elipandus, o monge espanhol Beatus de Liébana profetizou o fim do mundo para aquele dia, na presença de uma multidão de pessoas. As pessoas, pensando que o mundo acabaria naquela noite, entraram em pânico e jejuaram durante a noite até o amanhecer. Vendo que o mundo não tinha terminado e sentindo fome, Hordonius, um dos jejuadores, brincou: "Vamos comer e beber, para que, se morrermos, pelo menos estaremos saciados."

O fim ocorreria por uma inundação, a partir de Londres, em 01 de fevereiro de 1524, de acordo com os cálculos que alguns astrólogos londrinos haviam feito em junho do ano anterior. Cerca de 20.000 pessoas abandonaram suas casas, e um clérigo estocou comida e água numa fortaleza que ele mesmo construiu (Soa familiar? ). Na data prevista, nem uma mísera gota de chuva caiu em Londres.

Charles Wesley, um dos fundadores da igreja Metodista, acreditava que o mundo acabaria em 1794. Esta previsão concordava com a dos Shakers, que também previram o fim para aquele ano. Como o mundo continuou, o irmão de Charles, John fez mais tarde outra previsão do fim dos tempos. John previu que 1836 seria o ano em que a grande besta viria à Terra, marcando o início do fim.

O extremista religioso William Bell afirmou que o mundo seria destruído por um terremoto em 5 de abril de 1761. Uma vez que houve um terremoto em 08 de fevereiro e outro em 8 de março, ele argumentou que o mundo deveria acabar dentro de 28 dias. Mais uma vez, os londrinos se reuniram em barcos no Tâmisa ou fugiram para as colinas. Quando a previsão não se tornou realidade, Bell foi jogado rapidamente em Bedlam, um famoso manicômio de Londres.

Joanna Southcott era uma auto-proclamada mística inglesa, nascida em 1750. Ela era originalmente metodista, mas se convenceu de que tinha poderes sobrenaturais e declarou ser a mulher citada em Apocalipse 12: 1-6, na versão do Rei Jaime: "E apareceu um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas ". Joanna previu que ela daria à luz ao Messias – iniciando o fim do mundo em 19 de Outubro de 1814. O mundo não acabou naquela data, mas dois meses depois, acabou para Joanna, que morreu. Seus seguidores mantiveram o corpo fora da sepultura por algum tempo , na esperança de que ela se erguesse dos mortos. 

Mesmo que o cometa Haley houvesse sido visível muitas vezes antes, sem mortes em massa ou qualquer outro acontecimento extraordinário, a passagem do cometa em 18 de maio de 1910 foi prevista como uma ameaça mortal para a humanidade por causa de um suposto gás venenoso proveniente de sua cauda. Não é apenas a religião que pode causar pânico apocalíptico. Esta pode ter sido a primeira vez que a ciência causou esse tipo de medo coletivo.

O respeitado meteorologista Albert Porta previu que em 17 de dezembro de 1919 uma conjunção de seis planetas iria "causar uma corrente magnética que perfuraria o sol, causando grandes explosões de gás flamejante que, eventualmente, engoliriam a Terra". Essa previsão levou a alguns incidentes violentos e uns poucos suicídios. Ela também causou a demissão de Albert. De um meteorologista respeitado ele acabou trabalhando para um jornal local, escrevendo a coluna do tempo.

Nostradamus, sem dúvida o vidente mais famoso de todos os tempos, previu julho de 1999 como o mês escolhido do Armagedom, seria a época em que o "grande rei do terror" desceria do céu. Quando isso não se tornou realidade, outro fim era preciso, começaram a se espalhar boatos de que a sonda espacial Cassini cairia na Terra. A sonda Cassini estava cheia de combustível radioativo. Se este fosse derramado num acidente, cumpriria a previsão em Apocalipse 8:11: "E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas”. E, claro, ninguém pode esquecer os anos que antecederam a 2000, em que alarmistas em todo o mundo previam uma catástrofe devido ao bug do milênio.

Finalmente chegamos ao famigerado 21 de dezembro de 2012. Calendário maia, planeta Nibiru, radiação solar e tantas outras catástrofes previstas para esse dia e nada. Cá estou eu, tranquilamente tomando a cervejinha nossa de cada dia. Tudo indica que o mundo continuará girando, que o universo continuará ignorando nossa existência, que continuaremos nossa história de miséria sobre o solo dessa pequena joia azul chamada Terra.

É claro que outra data será indicada, só peço a gentileza de deixarem o Palmeiras voltar para a primeira divisão. Será rapidinho, podem acabar com o mundo em 2014.

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