Estados Unidos e Venezuela: uma análise das tensões

Os Estados Unidos vão de fato invadir a Venezuela de Nicolás Maduro?

Entendendo o cenário:
As relações entre os Estados Unidos e a Venezuela têm sido historicamente complexas, mas se deterioraram drasticamente sob o governo de Maduro. Os EUA não reconhecem Maduro como o líder legítimo da Venezuela e, em 2019, o Departamento de Justiça americano o indiciou por acusações de narcoterrorismo, conspirando para transportar cocaína para os Estados Unidos. O Departamento de Estado dos EUA chegou a oferecer uma recompensa de até US$ 15 milhões por informações que levem à sua prisão.


A estratégia dos EUA:
Apesar do indiciamento e da recompensa, a política dos EUA em relação à Venezuela tem se baseado em medidas de pressão não-militares. As principais ferramentas utilizadas são: 

Sanções econômicas: Os EUA impuseram uma série de sanções severas à indústria petrolífera da Venezuela (a principal fonte de renda do país), bem como a indivíduos e instituições do governo. O objetivo é pressionar o regime a realizar mudanças políticas. 

Pressão diplomática: Washington trabalha com aliados regionais e internacionais para isolar o governo de Maduro e promover a transição democrática.

Apoio à oposição: Os EUA fornecem apoio financeiro e político à oposição venezuelana. 

A questão da invasão:
Especialistas em relações internacionais e segurança militar argumentam que uma invasão seria uma medida de risco altíssimo e com poucas chances de sucesso, podendo causar uma crise humanitária ainda maior e desestabilizar toda a região. Além disso, não há indícios de apoio internacional para uma ação militar desse tipo. 

É importante notar que a retórica política, tanto de Caracas quanto de Washington, muitas vezes usa termos fortes, mas isso não se traduz, necessariamente, em um plano de ação militar.

Crédito: Eliel Santos
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