O Google vai dominar o futuro?

O cenário da tecnologia hoje é dominado por algumas empresas – Facebook, Yahoo, Apple, Twitter e Google – que competem pelos mesmos tipos de receita: publicidade, sistema de buscas, localização e hardware móvel. 

Agora, se você for imaginar o cenário futuro da tecnologia, o que você vê? Eu vou responder por você: Google, Google e Google. 

Apenas ao longo do ano passado, o Google adquiriu mais de uma dúzia de equipamentos tecnológicos de projetos que podem parecer loucura hoje, mas poderiam fazer parte do nosso futuro não muito distante. 

Entre as recentes aquisições do Google, estão vários robôs humanoides, incluindo a empresa Boston Dynamics; a Holomni, uma pequena firma de design que faz rodas de alta tecnologia robótica, presumivelmente para mais robôs, ou até mesmo para sua frota de carros sem motorista; e a Makani Power, companhia que faz turbinas eólicas (quem sabe como o Google vai usar isso?). 

No entanto, muitos de seus concorrentes parecem presos ao presente. O Facebook, o Yahoo e o Twitter só compraram um monte de software, design, publicidade e conteúdo de empresas. Nenhum robô, carro que se autodirige ou turbina eólica. 

Não está claro onde a Apple se encaixa em tudo isso – a empresa, é, afinal, famosa por ser melhor em guardar segredos do que a CIA, agência de inteligência norte-americana. A companhia também tem claramente dinheiro o suficiente para competir com o Google. 

Mas se a Apple está trabalhando em segredo em seu próprio exército de robôs, o Google está construindo um em público. 

Recentemente, o gigante anunciou que está comprando a Nest Labs, empresa que cria dispositivos domésticos conectados à internet, como termostatos e alarmes de fumaça, por US$ 3,2 bilhões em dinheiro (cerca de R$ 6,4 bi). O que o Google pretende com isso? 

Provavelmente, algo ligado com o que Tony Fadell, presidente-executivo da Nest Labs, disse ao The New York Times no ano passado: a criação de um mundo de objetos com consciência. 

“Toda vez que eu ligo a TV, isso é uma informação de que tem alguém em casa. Quando a porta da geladeira é aberta, isso é outro sensor, mais informações”, disse Fadell. Seu termostato atual pode controlar e recolher esses dados, mas ele vê um futuro ainda diferente, com “redes de sensores que podem evoluir, todas interagindo com estes padrões de aprendizagem”. 

No entanto, essas ideias e aquisições do Google não parecem um pouco malucas? Prever um futuro que se parece com um universo alternativo no qual apenas tecnófilos querem viver, com robôs que vagueiam a Terra e sensores em nossas salas de estar, parece um exagero – e o investimento da companhia pode falhar. 

Larry Page, presidente-executivo do Google, reconhece que muitas desses investimentos da empresa são “tiros no escuro”. Mas ele também acredita que vários deles vão ser bem sucedidos e posicionar a empresa para um futuro que seus concorrentes ainda não parecem ter se planejado. 

Em outras palavras, Page está apostando que o futuro pertence a Google, Google e Google. [NYTimes

De: hypescience.com / Autor: Natasha Romanzoti
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