A maior floresta tropical do mundo
A Amazônia é a maior floresta tropical em área contínua da Terra. São cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados divididos entre o Brasil, Venezuela, Suriname, Guianas Francesa e Inglesa, Equador e Colômbia. Do total, cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados estão no território brasileiro. Nela também está a maior bacia hidrográfica do mundo e o maior rio em volume de água, o Amazonas.
A maior parte do ecossistema amazônico fica em terra firme numa grande planície de 100 a 200 metros de altitude que segue até as montanhas onde inicia a Cordilheira dos Andes. Esta grande planície é fruto dos sedimentos deixados pelo lago Belterra, que desapareceu há cerca de 25 mil anos e existiu por mais de 1,5 milhão de anos.
Na foz da bacia hidrográfica no litoral brasileiro, o solo e a vegetação estão praticamente a nível do mar e, em algumas áreas abaixo, o que faz com que o mar invada o leito do rio, provocando um fenômeno chamado pororoca.Igarapés, estreitos riachos que cortam a mata, e igapós, extensas áreas com água cobrindo a vegetação, são comuns na região. Uma das mais interessantes atrações turísticas da região, o encontro das águas em Manaus mostra outra característica da região: de um lado as águas escuras e ácidas do rio Negro, do outro as barrentas do rio Solimões se unem para formar o Amazonas.
Como todas as floretas tropicais, a maior parte do seu solo é pobre em nutrientes, formando uma grande biomassa na base das árvores, essa sim rica em nutrientes. Suas árvores como as samuameiras, castanheiras, mogno ou jatobá podem chegar a alturas entre 30 e 50 metros de altura. As palmeiras também são comuns na região. O açaizeiro, de onde sai o açaí- fruto utilizado na alimentação diária de boa parte da população tradicional da região, é um dos mais comuns.
A dimensão da rica biodiversidade amazônica ainda é uma incógnita, havendo as mais diversas estimativas para o número de espécies vegetais e animais presentes na floresta. Alguns animais aquáticos bem conhecidos como o pirarucu, boto e peixe-boi estão ameaçados de extinção graças a exploração desenfreada. O mogno, árvore cuja madeira pela facilidade de ser trabalhada é muito procurada, também está ameaçada.
A pressão econômica e social do homem tem sido a maior razão para a devastação amazônica. O chamado arco do desmatamento, área fronteiriça da floresta que abrange Rondônia, norte do Mato Grosso, sul do Pará e oeste do Maranhão, empurra a destruição cada vez mais para dentro da mata. Por ano, são desmatados, em média, cerca de 21 mil quilômetros quadrados da floresta no Brasil, o que significa dizer que a Amazônia perde o equivalente a um Estado do Sergipe anualmente.
Nos últimos tempos, houve uma queda acentuada nos índices de desmatamento, chegando a 13 mil quilômetros quadrados entre agosto de 2005 e julho de 2006. Os especialistas dividem opiniões sobre a verdadeira razão para esse redução do ritmo do corte de árvores. Para alguns, a ampliação de áreas de proteção e a fiscalização intensa ajudaram. Para outros, o fraco desempenho dos mercados de gado, madeira e soja, principais propulsores da devastação, foi o principal motivo. De qualquer modo, cientistas, empresários, agricultores e outros agentes sociais estão de olho na Amazônia e sua riqueza. Resta saber quanto tempo, ela vai durar.
(redigido por Luís Indriunas)
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